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+ MEMÓRIAS
DO FEMININO

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há uma outra História
sendo contada por mulheres
que se lembraram do Feminino
para se fazer mulheres no século XXI.

Para dar conta de tudo o que acessava para escrever as Memórias do Feminino, eu andava. 

 

As primeiras linhas foram escritas em Lisboa, uma cidade escolhida a dedo para este fim — quando o ir-e-vir ainda era aberto, e viajar sozinha para escrever ainda era um sonho possível. 

 

Sempre que era demais, eu fechava o notebook e ia andar: com chuva, com sol, depois da meia-noite. Eu andava e as palavras pulavam das frases originais para outros cantos, e formavam novos arranjos que eu não poderia ter desenhado antes. 

 

Escrever um livro cava um mundo muito particular dentro do mundo, e eu caminhava nas ruas das Memórias do Feminino nas ruas de Lisboa. Nas subidas e descidas da minha história de mulher, passo a passo pelas vielas portuguesas. 

 

E o rio. 

Tejo era testemunha das saudades de alguma coisa muito funda, 

mergulhada, 

muito antiga e conhecida. Precisada de voltar. 

O Feminino, o vento me soprou no ouvido. 

Ou eu mesma, como mulher. Como narradora.

 

Toda a cidade me contava coisas que eu precisava escrever,

e todas as pessoas eram as personagens.

Numa tarde chuvosa de outono eu saí para ir ao Tejo ver se lembrava de mim, e no caminho topei com uma dessas coisas que passam do nosso lado, silenciosas, dadas.

 

Três mulheres gloriosas andando

fora de sua bacia.

 

Eram mulheres belíssimas, 

desterradas. 

Sem âncora-ventre. 

Caminhando e falando, seguindo, mas: algo central faltava.

 

E dava pra ver.

 

Pelo menos eu via.

 

Uma trombada na calçada estreita com esse trio carimbou em mim esta revelação:

 

O que seria uma mulher andando na rua centrada em seu ventre?

 

Como ela caminharia?

 

Do que ela seria capaz?


- Rita Monte

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Este livro foi escrito inteiramente na intenção de narrar o que tem sido ser mulher atualmente, através de histórias e insights.
 

Trago um olhar a partir de dentro da construção de ser
mulher e, assim,
enviesado
e, por isso mesmo,
legítimo.
Sou também uma mulher em transição, sou sujeito e objeto do meu próprio trabalho.

 

Ao ouvir e estudar tantas histórias, confirmei que esses “novos” caminhos e símbolos para nos formar mulheres
livres
não são novidade;
são memórias e evocações.

 

Memórias falam sobre algo que conhecemos, mesmo sendo algo que ainda não foi — mas do que temos saudades.

Dei a elas o nome de Memórias do Feminino. 
E são muitas.

As que escolhi para compor este livro o fiz por compreender que são a base desta nossa linguagem, feminina:

 

  • Maternidade como Força Matriz

  • Ancestralidade como nosso Mapa

  • Vida-Morte-Vida como nossa Inteligência cíclica

  • Iniciação no Feminino como construção de nossa Identidade

  • Fertilidade como qualidade do Feminino

  • Prazer como modo de Realizar

  • Masculino-Feminino como uma relação de Poder

  • Narrar nossas Histórias como o Poder de Regeneração

  • das Relações.
     

Conteúdos que devem te convidar para que você consiga evocar suas próprias Memórias do Feminino, e se maravilhar com quem você se tornará ao lhes dar
corpo, e com o que poderá fazer ao ser uma mulher que se lembrou.


Por si
e por todas as suas relações
.

ser mulher é estar em constante mudança. 
como você tem participado de suas transições?

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MEU LIVRO NA CAPA DA VIDA SIMPLES

Fui a entrevistada de capa da revista Vida Simples (out/20), por ocasião do lançamento do meu livro Memórias do Feminino. Foram 4 páginas dedicadas ao Feminino nas mulheres contemporâneas, numa conversa profunda e simples ao mesmo  tempo. 

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